
COMO PRATICAR ALÉM DAS AULAS DE TEATRO?
08/06/2022
EXERCÍCIOS DE ARTICULAÇÃO
22/06/2022Aqui está uma lista dos maiores monólogos de Shakespeare para homens. Embora existam muitos outros monólogos maravilhosos em suas peças, esses são alguns mais envolventes e emocionantes para a performance.
Jacques: Todo o mundo é um palco,
E todos os homens e mulheres meros atores.
Eles têm suas saídas e suas entradas,
E um homem em seu tempo desempenha muitos papéis,
Seus atos sendo sete eras. A princípio o bebê,
miando e vomitando nos braços da enfermeira.
Então, o colegial chorão, com sua mochila
E rosto matinal brilhante, rastejando como um caracol
Sem querer para a escola. E então o amante,
Suspirando como uma fornalha, com uma balada lamentável
Feita na sobrancelha de sua amante. Então, um soldado,
Cheio de palavrões estranhos, e barbudo como o pardo,
Ciumento em honra, súbito e rápido em briga,
Buscando a reputação de bolha
Até na boca do canhão. E então a justiça,
De belo ventre redondo, com bom capão,
Com olhos severos e barba de corte formal,
Cheio de serras sábias e instâncias modernas,
E assim ele desempenha o seu papel. A sexta idade muda
Para o pantalão esguio e de chinelo,
Com óculos no nariz e bolsa na lateral,
Sua meia juvenil bem salva, um mundo muito amplo
Para sua perna encolhida e sua grande voz viril,
Voltando-se novamente para infantil agudos, tubos
E assobios em seu som. A última cena de todas,
Que termina esta estranha história cheia de acontecimentos,
É segunda infância e mero esquecimento,
Sem dentes, sem olhos, sem gosto, sem tudo.
(Ato 2, Cena 7 – Do jeito que você gosta)
Antífolo: Doce amante, qual é o seu nome mais eu não sei,
Nem por que maravilha você atingiu o meu;
Menos em seu conhecimento e em sua graça você não mostra
Do que a maravilha de nossa terra, mais do que a terra divina.
Ensina-me, querida criatura, como pensar e falar;
Abra-se à minha grosseira presunção terrena,
Sufocada em erros, débil, superficial, fraca,
O significado dobrado do engano de suas palavras.
Contra a pura verdade de minha alma, por que você trabalha
para fazê-la vagar em um campo desconhecido?
Você é um deus? Você me criaria novo?
Transforme-me então, e ao seu poder eu me renderei.
Mas se sou eu, então bem sei que
sua irmã chorosa não é minha esposa,
Nem à sua cama nenhuma homenagem devo;
Muito mais, muito mais para você eu recuso;
Oh, não me treine, doce sereia, com sua nota
Para me afogar no fluxo de lágrimas de sua irmã;
Cante, sereia, para ti mesmo, e eu vou adorar;
Espalhe sobre as ondas prateadas teus cabelos dourados,
E como uma cama eu te tomarei, e ali jazerá,
E nessa gloriosa suposição pensa que
Ele ganha pela morte aquele que tem meios para morrer;
Deixe o amor, sendo leve, se afogar se afundar.
(Ato 3, Cena 2 – A comédia dos erros)
Hamlet: Ser ou não ser, eis a questão:
Se é mais nobre na mente sofrer
As fundas e flechas da fortuna ultrajante,
Ou pegar em armas contra um mar de problemas,
E, opondo-se, acabar com eles. Morrer, dormir-
Não mais – e por um sono dizer que acabamos
A dor de cabeça e os mil choques naturais De
que a carne é herdeira: É uma consumação
Devotamente a ser desejada. Morrer, dormir;
Dormir, talvez sonhar: sim, aí está o problema.
Pois nesse sono da morte que sonhos podem vir
Quando nos desfazemos desta mortalha,
Deve nos fazer parar: há o respeito
Que faz calamidade de uma vida tão longa.
Pois quem suportaria os açoites e os desprezos do tempo,
O mal do opressor, a injúria do orgulhoso,
As dores do amor desprezado, a demora da lei,
A insolência do ofício e os desprezos
Que o mérito paciente dos indignos leva,
Quando ele mesmo poderia seu quietus fazer
Com um bodkin nu? A quem esses fardels suportariam, Resmungar
e suar sob uma vida cansada, Senão
que o pavor de algo depois da morte,
A terra desconhecida, de cujas fronteiras
nenhum viajante retorna, confunde a vontade,
E nos faz mais suportar os males que temos do
que voar para outros que não conhecemos?
Assim a consciência faz de todos nós covardes:
E assim o tom nativo da resolução
Fica doentio com o pálido molde do pensamento,
E empreendimentos de grande força e momento
Com isso suas correntes se desviam
E perdem o nome de ação. Suave você agora,
A bela Ophelia! Ninfa, em tuas orações
Sejam todos os meus pecados lembrados.
(Ato 3, Cena 1 – Hamlet)
Ricardo III: Como pretendo prosperar e me arrepender,
Assim prospero em meus perigosos negócios
De armas hostis! Eu me confundi!
Deus e fortuna, barra-me as horas felizes!
Dia, não me dês a tua luz, nem, noite, o teu descanso!
Seja oposto a todos os planetas de boa sorte,
Aos meus procedimentos, se, com amor de coração puro,
devoção imaculada, pensamentos santos,
eu não ofereço tua bela e principesca filha.
Nela consiste a minha felicidade e a tua;
Sem ela, sigo a mim, e a ti,
Ela mesma, a terra, e muitas almas cristãs,
Morte, desolação, ruína e decadência.
Não pode ser evitado senão por isso;
Não será evitado, mas por isso.
Portanto, querida mãe – eu devo que você possa –
Seja o advogado do meu amor para ela;
Peça o que serei, não o que fui;
Não meus desertos, mas o que vou merecer.
Exija a necessidade e o estado dos tempos,
E não seja rabugento em grandes projetos.
(Ato 4, Cena 4 – Ricardo III)
Otelo: Suave você; uma palavra ou duas antes de ir.
Prestei algum serviço ao Estado, e eles não sabem…
Chega disso. Peço-lhe, em suas cartas,
Quando você relatar essas ações infelizes,
Fale de mim como eu sou: nada atenua,
Nem ponha nada em malícia. Então você deve falar
De alguém que amou não sabiamente, mas muito bem:
De alguém não facilmente ciumento, mas sendo forjado,
perplexo ao extremo: de alguém cuja mão,
Como o vil judeu, jogou fora uma pérola
Mais rica do que toda a sua tribo : de alguém cujos olhos subjugados,
embora desacostumados ao humor derretido,
derramam lágrimas tão rápido quanto as árvores árabes
Sua goma medicinal. Coloque você no chão;
E diga, além disso, que certa vez em Aleppo,
onde um maligno turco de turbante espancou
um veneziano e difamou o estado,
peguei pela garganta o cão circuncidado
e o feri assim.
(Ato 5, Cena 2 – Otelo)
Romeu: Mas, suave! Que a luz através além da janela quebra?
É o leste, e Julieta é o sol.
Levanta-te, sol formoso, e mata a lua invejosa,
Que já está doente e pálida de tristeza,
Que tu és sua serva muito mais bela do que ela: Não sejas sua
serva, pois ela é invejosa:
Sua libré vestal é apenas doente e verde
E ninguém além de tolos o usa; jogue fora.
É minha senhora, ó, é meu amor!
Oh, que ela soubesse que era!
Ela fala mas não diz nada: e daí?
Seus olhos discorrem: eu responderei.
Eu sou muito ousado, não é para mim que ela fala:
Duas das estrelas mais belas de todo o céu,
Tendo alguns negócios, suplicam seus olhos
Para brilhar em suas esferas até que retornem.
E se seus olhos estivessem lá, eles em sua cabeça?
O brilho de seu rosto envergonharia aquelas estrelas,
Como a luz do dia faz uma lâmpada, seus olhos no céu
Fluiriam pela região aérea tão brilhante
Que os pássaros cantariam e pensariam que não era noite.
Veja, como ela apoia sua bochecha em sua mão!
Oh, que eu fosse uma luva naquela mão,
Que eu pudesse tocar aquela face!
(Ato 2, Cena 1 – Romeu e Julieta)
🎭 Escola de Teatro Juliana Leite 🎭
R: Tiradentes, 944 – Centro
Limeira-SP
(19) 99639-8545
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Marcel Gritten Ator Nascido em Curitiba, e ator, diretor, produtor e operador de som. Formado em Comunicacao Social – Publicidade e Propaganda, pela Universidade Federal do Parana. Ator integrante do “Grupo Delirio”, de Edson Bueno, de 2005 a 2014, participando de 15 espetaculos. Trabalhou com a Companhia “Regina Vogue Producoes”, durante os anos de 2008 e 2009. Atuou em trabalhos com outros diretores e companhias, como: Rafael Camargo, Cesar Almeida, Marino Jr, Regina Bastos, Mateus Zuccolotto, Joao Luis Fiani, Preto Galiotto. Atualmente e ator da Cia. Club Noir em SP, de Roberto Alvim e Juliana Galdino. Em 2007, produziu e apresentou o programa “Vocacao”, no Canal Universitario da TV UFPR. Dirigiu o espetaculo Entre dois continentes da morte , de Marcelo Bourscheid, em 2014. Em 2006, ganhou o Trofeu Gralha Azul – Premio Governador do Estado do Parana na categoria Revelacao pelo monologo “Werther”. Desde 2016, trabalha como Assistente de Producao para a Roda de Criacao Producao Cultural.
Blog de saГєde
Showww!! Parabénss!!