Já estamos cansados de escutar que atuar não é uma carreira com lucratividade fácil ou gentil. Os sensatos entram com a mente aberta e muita esperança; os iludidos buscam a fama.

No entanto, quase todos os atores ficam inevitavelmente obcecados com a forma como podem chegar lá. Buscam reconhecimento – deixam histórias menos conhecidas de lado, descartando-as por dinheiro e notoriedade e esquecendo-se de seu dever como atores. Consequentemente, as mesmas histórias habitualmente governam nossos palcos.

Dever do ator? Isso varia dependendo de da pessoa pra quem você pergunta: surpreender e excitar uma audiência, conhecer suas falas, criar personagens convincentes e críveis. Todos esses são meios para um propósito maior, que depende da posição privilegiada de um ator de contar histórias como um espelho para o mundo.

Peças novas ou relíquias esquecidas oferecem insights que mudam o mundo e que não podem ser encontrados em clássicos bem usados. Eles emergem dos bastidores de escolas de teatro ou da desordem de teatros independentes e comunitários, conduzidos quase sempre por pessoas pequenas (não pagas) tentando contar grandes histórias. 

Aí vem a pergunta, qual o dever do ator? Um dever que a recompensa não inclui dinheiro mas requer investir tempo (muito tempo), e suor, lágrimas, risos, tudo o que for necessário para dar vida a uma história que vale a pena conhecer, a partir de algo que é bem conhecido, o teatro. 

O teatro tem o poder de oferecer algo com muito mais valor do que o dinheiro pode comprar. E isso vale para o público e para o ator.

🎭 Escola de Teatro Juliana Leite 🎭
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Limeira-SP
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